Eu me reuni com a Petrobrás e chegamos a um acordo muito claro, mas eles estão demorando demais para cumpri-lo, afirmou. Ou cumprem as exigências ou vão embora do Equador. Não estamos pedindo esmolas, estamos pedindo justiça. 


A ameaça contradiz declaração feita por Correa logo após a aprovação de seu projeto constitucional por referendo, há uma semana, quando descartou a possibilidade, contemplada no texto constitucional, de nacionalizar o setor petrolífero do país. Procurado pelo Estado, um porta-voz da Petrobrás afirmou que a empresa não foi informada oficialmente da possibilidade de expulsão e, portanto, não vai se pronunciar. 


A Petrobrás entrou no Equador em 1986 ao vencer licitação para explorar os blocos 14 e 17. Hoje, atua também no 18, e suas reservas somam 44 milhões de barris. As operações no país representam 0,5% da produção total da estatal brasileira. 


Há duas semanas, Correa anunciou o fim do contrato da Petrobrás para a exploração do chamado Bloco 31, apesar de a empresa já ter investido US$ 200 milhões no local. Segundo o ministro de Minas e Petróleo do Equador, Galo Chiriboga, a companhia teria encontrado dificuldades em explorar a área, de elevado risco ambiental - 200 mil hectares do campo de petróleo ficam dentro do Parque Nacional Yasuní, reserva de floresta amazônica.